domingo, 29 de março de 2009

NEM CONVENCEU!

A Seleção Brasileira não convence. Nem a sair de casa. Neste domingo, 29 de março, dia de enfrentar o Equador pelas Eliminatórias da Copa de 2010, o belo-horizontino sequer se deu ao trabalho de sair de casa para torcer. Parece que estava antecipando a atuação sofrível da equipe de Dunga.

O tempo não ajudou. O sábado teve cara de filme de terror na capital mineira. Muita chuva, um friozinho e a neblina cobrindo a serra que abraça a cidade (veja acima). O domingo até que ia bem, e, teoricamente, não haveria motivo para o torcedor abrir mão da cerveja gelada com os amigos durante a partida. Até porque quem conhece Belo Horizonte sabe do ditado que reina por aqui: “Quem não tem MAR vai ao BAR”.

Não foi bem assim. Quando os jogadores se perfilaram para a execução dos hinos, poucos torcedores se preparavam para assistir a partida nos bares. No AstronBeer, no Buritis (foto abaixo), os clientes pareciam alheios ao jogo, ignorando, inclusive, o apelo da nova TV de 50 polegadas, investimento do proprietário focado principalmente nos eventos esportivos.



O dono do negócio, Eduardo Reis, de 29 anos (ao lado), conta que, comparados aos dias de jogos dos times mineiros da Série A do Brasileirão – Atlético e Cruzeiro –, os dias em que joga a seleção são de movimento fraco. “É como se os jogos da seleção não valessem nada. O brasileiro já tem a classificação para a Copa como certa”, diz.

O dia da semana também parece ter relação direta com o patriotismo futeblístico e a relação é matemática. Segundo Eduardo, comparado a um dia de jogo do Galo ou da Raposa, o público da Seleção no bar é de 40% em dias de semana e de apenas 20% quando a partida acontece no domingo. “Parece que quando o jogo é na quarta ou na quinta, serve como mais um pretexto para as pessoas virem ao bar. No domingo, Seleção não enche bar”, afirma.

Para aqueles que venceram o desânimo e saíram de casa ontem, em busca de companheiros torcedores da Seleção, o recado da equipe de Dunga me pareceu claro: Bem feito! O time jogou mal, passou aperto e obteve um empate injusto em 1 a 1, chegando a ter vantagem no placar. Provavelmente, no Equador, os bares ficaram lotados.

sábado, 28 de março de 2009

DEPOIS DA AUDIÇÃO, A VISÃO!

O curso Jornalismo 2.0, do Knight Center for Journalism in the Americas, solicita aos alunos algumas tarefas semanais. Isso para se certificar de que, mais que entendemos, aprendemos a fazer aquilo sobre o que estamos discutindo nos fóruns. O resultado é que estamos, todos, experimentando outras linguagens. Depois do áudio, primeiro exercício desta semana, foi a vez de editar e postar fotos no blog.
A experiência com o Infraview, programa gratuito de edição de imagens, foi bem tranquila. Acredito que com a popularização das câmeras digitais a maioria das pessoas que descarrega as fotos no computador é capaz de operar os recursos mínimos desses programas. E eles são todos muito parecidos.
Então vamos lá. Selecionei para a tarefa duas imagens capturadas no Inhotim Instituto Cultural , um incrível museu de arte contemporânea localizado na Grande Belo Horizonte e que vale a pena conhecer.

A primeira foto, era originalmente assim:




Cortada com a ajuda do Infraview, optei por fechar apenas em um detalhe do painel (veja abaixo).




A segunda foto escolhida para a atividade foi a imagem abaixo.




Desta vez, o desafio era redimensionar (resize) a imagem, que ficou assim:




E O RESULTADO É...

Como vocês podem perceber, o primeiro recurso, do corte, faz saltar detalhes que antes eram quase imperceptíveis na foto original.
No recurso de redimensionamento, por outro lado, a foto foi transformada em outra imagem, com apenas 25% de sua resolução original. O resultado é que o tratamento dado à segunda imagem manteve o enquadramento original, mas com menor nitidez (perceba a diferença nas cores). Por outro lado, neste último caso, o arquivo ficou 75% mais leve para o upload.
Aprendemos, então, que as duas ferramentas servem para situações diferentes. Quando queremos ressaltar um detalhe de uma imagem original, cortamos. Quando queremos manter todas as informações da imagem original, só precisamos redimensioná-la.

PRESIDENTE 2.0

É um pássaro? É um avião?
Não, é Barack Obama revolucionando a comunicação!!!

Quer saber mais? Clique abaixo para ouvir (você vai precisar do Quicktime).

domingo, 22 de março de 2009

CADÊ A CURA DO STRESS?

Você já experimentou comparar os resultados de diversos sites de busca para o mesmo tema? Eu experimentei. Como exercício do curso Jornalismo 2.0, tivemos uma missão, digamos, impossível em termos literais: buscar a cura do stress.Se curar o stress é impossível, encontrar um resultado eficiente para CURA DO STRESS nos sites de busca parece igualmente desafiador.
As ferramentas comparadas foram os sites Google, Yahoo!, Altavista, Radar Uol, Clusty, MSN, Ask.com e DogPile. Os cinco primeiros resultados (descartados os links patrocinados), suas coincidências e discrepâncias você pode conferir na tabela abaixo (clique para ver ampliada), que revela uma infinidade de links comerciais, blogs que citam superficialmente o assunto e até blogs de ex-alunos do curso.




REVIRANDO O LIXO

Comparar ferramentas de busca na web nos mostra que o melhor buscador está no usuário. É isso mesmo. O alto volume de informações jornalisticamente irrelevantes nos mostra que o principal elemento da procura é o senso crítico do usuário. Mais ainda, ensina que quanto mais objetivos somos ao inserir os dados de busca melhores os resultados obtidos com o uso dessas ferramentas.
Assim, uma busca com os itens CURA+STRESS+TEORIA ou com CURA+STRESS+TRATAMENTO geram resultados mais específicos, e assim por diante.
Outro dado interessante é o bom posicionamento de alguns blogs em vários dos sistemas de busca utilizados. Prova disso é a frequência dos blogs Lixo Tipo Especial e Jornalismo 2.0 e Outras Estórias no resultado das buscas.


UM É POUCO? DOIS É DEMAIS!

Diante do grande número de coincidências na comparação dos resultados dos buscadores, fica claro que, ao usuário, basta escolher o que mais lhe agrada e inserir o maior número de dados possível sobre a busca desejada. A escolha das palavras-chave é mais importante para a eficácia da busca que a ferramenta da Web oferece. Lembrando que, segundo estimam especialistas, nenhum dos sites de busca cobre mais que 20% do conteúdo da Web.
Então, mãos à obra e... boa sorte!


quarta-feira, 18 de março de 2009

AVALIAÇÃO DO RSS

Tarefa do curso Jornalismo 2.0, minha avaliação do leitor de RSS foi feita em duas frentes. Na primeira, conforme pedido no exercício, baixei e configurei e, casa o FeedDemon, sem nenhuma dificuldade. Assinei atualizações de dois weblogs ligados a jornalismo e tecnologia e acompanhei as atualizações com uma comodidade que realmente me surpreendeu. Nessa parte do trabalho, avaliei o processo de instalação como facílimo e a tarefa mais complicada – ainda assim, muito simples – foi escolher o leitor de RSS.
A outra frente da avaliação ocorreu no trabalho e veio a partir da leitura da íntegra do primeiro chat do curso, do qual não participei. Como no jornal não podemos fazer downloads de programas nos terminais que utilizamos, decidi usar, lá, o Google Reader. Além disso, como minha necessidade de informação é completamente diferente no ambiente profissional, configurei para o Reader a atualização de dois sites de notícias ligados de alguma forma a agências de notícias que assinamos (UOL – Agência Folha e Estadão.com – Agência Estado). Dessa forma, o Reader mostrava as atualizações dos dois na mesma tela, aberta durante todo o meu expediente, me poupando o trabalho de pelo menos três comandos por vez para consultar cada agência no programa de edição da empresa. Quando entrava alguma atualização que me interessava publicar no jornal, aí sim eu ia ao diretório da agência procurar a matéria que me interessava – ou avisava aos subeditores específicos que o fizessem.
A configuração do Reader é facílima e sua maior vantagem é ser um serviço “internet based”, ou seja, que pode ser acessado de qualquer computador, bastando fazer o login. Ao chegar ao trabalho, tinha o inconveniente de ver diversas atualizações que não pude acompanhar (desde o dia anterior). Mas também é fácil marcar todas como lidas e, assim, “zerar” o dia.
O aprendizado mais importante proveniente deste exercício é a importância de ser seletivo. Não adianta querer acompanhar as atualizações de muitos sites ou weblogs via RSS ou Reader. O resultado é uma avalanche de notificações que acaba gerando um stress terrível. O ideal é só assinar o RSS dos endereços de que realmente queremos monitorar TODAS as atualizações. Caso contrário, é melhor visitar o website uma ou duas vezes ao dia, ou, no caso dos portais onde o serviço é disponível, assinar o RSS de seções específicas, em vez de monitorar todo o portal.

domingo, 15 de março de 2009

It takes two to tango


A diferença básica entre a Web 1.0 e a Web 2.0 é exatamente a unidade que o nome sugere: um a mais, o usuário. O que, no início, era uma relação unilateral, com empresas e pessoas postando conteúdo em seus sites 1.0 para quem os acessasse, torna-se bilateral – e, consequentemente, multilateral -, a partir do momento em que é facultado ao usuário o direito de gerar, selecionar e personalizar o conteúdo dos sites.
A mudança de nomenclatura serve para marcar o momento de uma transformação importantíssima na cultura virtual e na forma como a sociedade interage com a web, de um modo geral. Isso, por si só, valeria a marca 2.0, até pelo didatismo de marcar um momento a partir do qual antigos conceitos são reformulados. Na Web 2.0, o usuário não mais acessa os sites, mas participa deles, interage com outros usuários e reproduz a vida social num ambiente virtual mais democrático e pessoal que o anterior, da Web 1.0.
As novas tecnologias foram fundamentais para essa mudança de parâmetros, mas diante da velocidade com que as tecnologias se superam nas últimas décadas, é a mudança sociológica proporcionada pelo advento da Web 2.0 que chama mais atenção. Isso porque o foco da web sai do conteúdo e se volta ao usuário, que com ele se mistura. Perfis pessoais, agrupamentos em torno de interesses em comum, tags, rankings, postagens e comentários nada mais são que expressões individuais compartilhadas. A partir daí, assim como fisicamente, em um estádio, torcedores se agrupam sob a chancela de uma torcida, no ambiente virtual formam-se grupos sociais baseados nos interesses e afinidades dos usuários, a partir, justamente, das informações que eles compartilham com os outros.
Os sites 2.0, personalizados de forma que a cada usuário é exibida uma página principal diferente, possibilitam, inclusive, uma espécie de apropriação de hardware, já que, ao executar o login, o internauta passa a ter, em qualquer máquina conectada, todas as suas configurações pessoais disponíveis.
Dessa forma, a principal diferença entre Web 1.0 e Web 2.0 parece ser o foco da atenção, sendo que, na primeira, ele está no conteúdo postado pelo gerenciador dos sites e, na segunda, no usuário.
Alguns autores classificam o foco da Web 2.0 como sendo o conteúdo – produzido pelos usuários. Na minha opinião, essa é uma leitura equivocada, já que a publicação desse conteúdo só é possível porque o foco está no usuário. Dessa forma, o conteúdo que o usuário publica na Web 2.0 é apenas conseqüência da autonomia e da importância que ele detém nesse modelo. Importante considerar, também, que grande parte desse conteúdo é nada mais que a expressão da individualidade desse usuário – dados pessoais como idade, sexo, interesses, gosto musical e até preferências gastronômicas.
Na Web2.0, o usuário deixa de ser o “acesso número 105.698”, por exemplo, para ser um avatar de sua representação real. Ao acessar um site como Facebook, Orkut, Youtube ou MySpace, cada usuário ganha nome e sobrenome (reais ou fictícios, de acordo com a sua escolha), amigos, ambientes que gosta de freqüentar, músicas que gosta de ouvir, e se expressa por meio das saudações, comentários, textos, fotos e vídeos que publica, personalizando sua “existência virtual” e influenciando o comportamento virtual de outros “N” usuários que com ele interagem.
Essa é a verdadeira revolução. A Web 2.0 possibilitou a entrada de pessoas na rede, transformando os passivos leitores/consumidores de conteúdo, que antes orbitavam em torno dos websites, em núcleos autônomos, interligados e, sobretudo, críticos. A Web 2.0 marca o momento em que o usuário se apropriou da web, que deixou de ser a “casa alheia”, aberta à visitação, para ser a megalópole que abriga a casa de cada usuário.
Alguns críticos dessa mudança de nomenclatura argumentam que a Web 2.0 é nada mais que a mesma Web 1.0 em evolução, ou seja, que mudar o nome não passa de uma jogada de marketing. No entanto, uma conjunção tecnofilosófica que transforma números em indivíduos parece merecer, no mínimo, um novo nome. Que seja, então, 2.0, para lembrar que a web só “acontece” quando há mais de uma pessoa envolvida, mais de uma ponta ou mais de um começo. Afinal, “it takes two to tango".